
Science Rocks
Mas o que é ciência?
Às vezes, ao começarmos a estudar alguma disciplina na escola, aprendemos suas diversas matérias e nos esquecemos de perguntar o básico, o que tudo aquilo significa. Seria interessante a todos se a primeira explicação na primeira aula de matemática não fosse sobre números, aritmética ou conjuntos, mas uma conversinha rápida sobre o que é matemática e porque a estudamos.
Para a ciência vale a mesma ideia. Afinal todos sabem que é devido a ela que conseguimos colocar homens no espaço, projetar os computadores que mantêm a Internet funcionando ou criar as vacinas que salvam milhões de vidas.
A ciência parece então uma coisa enorme, distante, feita por homens de óculos grossos com muitos e muitos anos de estudo, que trancados em seus laboratórios cheios de equipamentos e vidrarias, desenham fórmulas matemáticas enormes em grandes e empoeirados quadros negros.
Mas a ciência é muito mais que isto e, mesmo assim, é algo muito mais simples.
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A ciência nasce de nossa vontade natural de entender aquilo que achamos que é interessante, seja por nos afetar de alguma forma, seja por nos agradar de algum modo. A ciência nasce desta ação simples, a observação curiosa de algo em que temos interesse. Para isto não precisamos necessariamente dos grandes laboratórios ou das fórmulas matemáticas.
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Quando observamos algo que nos interessa queremos entender, saber mais, encontrar explicações para o que observamos.
A ciência é isto. Explicações testadas sobre as coisas e fatos que nos interessam, obtidas a partir da observação e do estudo destas coisas e fatos.
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Testar e experimentar Note que falamos em explicações testadas. Para que uma explicação seja aceita como científica, não basta que ela seja obtida da observação e do estudo daquilo que se propõe a explicar.
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É indispensável que estas explicações sejam testadas, ou seja, submetidas a algum tipo de experimentação que confirme de modo prático que aquela explicação é correta, ou, pelo menos, coerente.
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O melhor da ciência é que ela sempre deixa a porta aberta para que possamos aprender mais. Assim, nenhuma explicação científica é considerada infalível ou destinada a durar para sempre. Basta que um novo conjunto de observações, estudos e testes produzam uma explicação melhor para que esta seja adotada em substituição à antiga.
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Como vimos, a ciência não nos é algo distante ou inalcançável. Muito menos é uma coisa chata. Quem quiser pode comprovar isto assumindo uma atitude simples. Tente fazer seu próximo trabalho escolar sobre algo próximo a você sem se limitar à pesquisa na Internet.
Procure um modo de observar e estudar diretamente aquilo sobre o que vai que escrever. Por exemplo, dê uma boa olhada no seu jardim antes de preparar uma pesquisa sobre insetos. Você vai ver que é muito mais interessante que se limitar exclusivamente aos mecanismos de busca.
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Quer saber mais sobre Ciência? O trabalho que deixamos a seguir, do Professor Silvio Seno Chibeni, do Departamento de Filosofia - IFCH - da Unicamp (Universidade de Campinas) apresenta para o público geral algumas das principais concepções de ciência defendidas por filósofos desde o surgimento da ciência moderna, no século XVII. Vale a pena a leitura!
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Por Silvio Seno Chibeni - Departamento de Filosofia - IFCH - Unicamp
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Todo mundo fala em ciências!
Sim! Todos falamos de ciências. Os professores, os noticiários e até os personagens dos desenhos animados, como Dexter, em O Laboratório de Dexter (Dexter's Laboratory - à direita), que possui um imenso laboratório secreto conectado ao seu quarto.
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Estamos rodeados de ciências desde pequenos e fazemos uso dela a todo instante.